Cantiga de Amor com Refrão
A dona que eu sempre amei
Por mim não tem paixão.
Assim, eu sempre sofrerei
Como sofre meu coração.
Triste, triste, será meu fim,
E Deus não tem pena de mim.
Pela vida passo penado
Pelos danos do coração,
De modo que sofro calado
E assim perco a razão.
Vivo, pois, sofrendo assim,
E Deus não tem pena de mim.
Quando desenganado estiver
Por não alcançar tal galardão
Mesmo assim essa mulher
Não sairá de meu coração.
Virão dor e tortura, enfim,
E Deus não tem pena de mim.
Prof. Jayme Bueno
Prof. Jayme Bueno
6 comentários:
Linda trova, prof. Jayme!!
O eu-lírico sofredor é de uma beleza em lamentos muitíssimo encantadora.
Boa oportunidade para lembrarmos dessa tão antiga forma/manifestação literária.
Riquíssimo post!! Parabéns!
Obrigada e grande abraço!
Tania Anjos
Pois é, Taninha
Optei por postar um dos últimos exercícios poéticos que venho "cometendo". São as cantigas ao estilo dos antigos trovadores, jograis ou segrés da Idade Média no que se chamava poesia galaico-portuguesa.
É resultado de alguns escritos sobre a Galícia, onde se encontra a minha filha Raquel.
Espero que alguém goste. Lembro que os alunos de Letras da Faculdade não gostavam muito da poesia dessa época.
Um grande abraço, Jayme
E eu agarro essa oportunidade
com olhos e sentimentos...
Gostei muito, prof. Jayme.
Abraços.
Acho o tema fascinante.
Também gostei muito!!
Abraços!
Belo blog, com poesias de variados estilos e temáticas.
Grande abraço, sucesso e grato pela visita!
Obrigada, Evandro!
Bem-vindo ao nosso blog!!
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