o silêncio dos olhos inclinados ao mar.
Recolho migalhas de pão
para ofertar aos peregrinos do instante,
é meia noite
a poesia me visita com os olhos líquidos
fala dos braços navegando
dos passos teimando uma praia distante.
Inclino-me sobre a palavra
pássaros bicam o meu coração
a melancolia sorve meus olhos
tenho arames afinando meu canto.
o silêncio absorve minha voz
tento chegar o rosto a janela
para ofertar aos peregrinos do instante,
é meia noite
a poesia me visita com os olhos líquidos
fala dos braços navegando
dos passos teimando uma praia distante.
Inclino-me sobre a palavra
pássaros bicam o meu coração
a melancolia sorve meus olhos
tenho arames afinando meu canto.
o silêncio absorve minha voz
tento chegar o rosto a janela
aconchegar o sussurro do vento
contemplar a paisagem além da montanha.
As paisagens, extensões do meu quarto
oceanos sugam o meu peito
madrugada envolve as cordas vocais.
Há dias o sono não aquece meu pranto
sinto estar no mesmo tempo
em que os mortos regressam a mesa da vida
para celebrar o indizível,
junto a eles canto o exílio dos homens.
A solidão é bela, sublime
um movimento para o encontro.
Em meus olhos as aves extinguiram vôo
estou tentando pertencer a algo.
Adormeço no colo da esperança:
Que a palavra me ajude a naufragar.
Sandrio Cândido
junto a eles canto o exílio dos homens.
A solidão é bela, sublime
um movimento para o encontro.
Em meus olhos as aves extinguiram vôo
estou tentando pertencer a algo.
Adormeço no colo da esperança:
Que a palavra me ajude a naufragar.
Sandrio Cândido
5 comentários:
Muito interessante a ideia do blog...
Mostrar o trabalho - de Poetas Vivos - para que não sejam lembrados só depois da morte...
Abraço,
do Felipe.
Vivo e sensível poeta!
Salve...
belo, belo
abraço
Que lindo poema, Sandrio...
Beijos
Muito belo.
As paisagens, extensões do meu quarto
oceanos sugam o meu peito
(...)
sinto estar no mesmo tempo
em que os mortos regressam a mesa da vida
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