PÁGINAS

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Mirian Cris

Dois poemas de Mirian Cris


IPÊ AMARELO

Sou árvore do cerrado
A cada dor 
me retorço
me entristeço 
e cresço.
A cada ausência 
perco folhas
acho forças
e espero.
A cada amor
me renovo
troco a casca
me exponho 
e floresço,
partilho doçura com as abelhas
viro mel e lembrança
e mesmo distante,
como um poema ou um sorriso,
adoço os lábios do meu amor.

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TRAÇOS

Abro minhas mãos
Tento ler,
Decifrar signos,
Sei que está tudo escrito ali:
Se me casarei,
Se morrerei nova ou velha,
Se sofrerei do coração ou por causa dele,
Mas sou analfabeta de meus próprios traços.

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3 comentários:

Batom e poesias disse...

Eu amo os poemas dessa criatura...

Jayme Ferreira Bueno disse...

Batom e poesias, eu também gosto muito dos poemas dessa cris, criatura.

Cynthia Lopes disse...

Lindo seu blog,
posts lindos,
amei!
bjs