Dois poemas de Mirian Cris
IPÊ AMARELO
Sou árvore do cerrado
A cada dor
me retorço
me entristeço
e cresço.
A cada ausência
perco folhas
acho forças
e espero.
A cada amor
me renovo
troco a casca
me exponho
e floresço,
partilho doçura com as abelhas
viro mel e lembrança
e mesmo distante,
como um poema ou um sorriso,
adoço os lábios do meu amor.
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TRAÇOS
Abro minhas mãos
Tento ler,
Decifrar signos,
Sei que está tudo escrito ali:
Se me casarei,
Se morrerei nova ou velha,
Se sofrerei do coração ou por causa dele,
Mas sou analfabeta de meus próprios traços.
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3 comentários:
Eu amo os poemas dessa criatura...
Batom e poesias, eu também gosto muito dos poemas dessa cris, criatura.
Lindo seu blog,
posts lindos,
amei!
bjs
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