A dança
das pedras
diremos das pedras outra vez
dos pés e do limo
até que tudo reste ínfimo
e castas palavras dancem nuas
sob um céu vermelho-vivo
de nossa sede
não diremos
nem das noites em que vens
e farta de não ser
sangro em tua língua
caminho tuas costas
Azulejos
não dançamos aquele blues
nem daquele amor
(de morrer tambores
arrebentando o peito)
morremos
ontem reparei nos azulejos
nos respingos de tinta verde
sobre a pedra do alpendre
pensei em comida, correio
no preço do pão e das flores
no sol que lambe minha carne
na cor que cobre meus cabelos
é tão clichê morrer de amor
e nem dançamos aquele blues
nem daquele amor
(de morrer tambores
arrebentando o peito)
morremos
ontem reparei nos azulejos
nos respingos de tinta verde
sobre a pedra do alpendre
pensei em comida, correio
no preço do pão e das flores
no sol que lambe minha carne
na cor que cobre meus cabelos
é tão clichê morrer de amor
e nem dançamos aquele blues
Zepelim
eu poderia ser Alice
lábios cor-de-fim-do-mundo
atravessando o oceano
você veria um zepelim
eu poderia ser Alice entre tulipas
Amsterdam, tarde de outubro
você diria Rosa, Violeta
amor em mim, nome de flor
eu poderia ser Alice em seu quarto
ou num hotel à beira-mar, ao sul do mundo
você diria aqueles nomes absurdos
Rosa, Alice, Violeta, amor em mim
meu Zepelim ao sul do mundo
eu poderia ser Alice
e morar em seus versos
5 comentários:
[palavras encantamentos:
assim se fazem de negros e brancos
do verso, rascunho de ventos.]
Imensa Daniela,
Um imenso abraço,
Leonrado B.
Belíssimos, Dani. Belíssimos...
Grande abraço!Beijo!
sou fã de zepelim e da poetinha,
beijo
Obrigada, queridos amigos!
Um beijo com todo o meu carinho,
Dani
É tão clichê dizer que adorei?
Pois então...
Bjcas
Rossana
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