Acrobata enredado
em clausura de pele
sem nenhuma ruptura
para onde me leva
sua estrutura?
Doce máquina
com engrenagem de músculos
suspiro e rangido
o espaço devora
seu movimento
(braços e pernas
sem explosão)
Engenho de febre
sono e lembrança
que arma
e desarma minha morte
em armadura de treva.
Armando Freitas Filho
Um comentário:
"Acrobata enredado em clausura de pele... Doce máquina com engrenagem de músculos...Engenho de febre sono e lembrança..."
Metáforas muito bem construídas para dizer do corpo - este que nos acompanha queiramos ou não... Talvez o único bem que, de fato, tenhamos e que ao túmulo levamos.
Belo poema de Armando Freitas Filho - que eu não conhecia. Obrigada, Dri. Beijão!!
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