PÁGINAS

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Dois poemas




Solo

Coreógrafa
de carências
danço só
na (de)cadência
que
bem
me
apraz
Meu descompasso
afugenta
parcerias...

Agustin Bejarano


Coisas e nadas

Como sorver o oco
 e sentir gosto 
no insosso?
E experimentar sensação
num intimo de nada?
Quem há de ter prazer no
recôndito da cava?
Imensurável a peripécia
de saciar fome
digerindo vácuos
e ausências.

Rossana Masiero


3 comentários:

Tania regina Contreiras disse...


Essa fome de nadas a gente mata nos versos inquietos da poeta!

Beijos,

Tania Anjos disse...

Bom pisar esse "solo na cadência que apraz" e/com "imensuráveis peripécias" a nos surpreender!!

Bela linguagem. Belos poemas!

Beijos, Rossana!

Jayme Ferreira Bueno disse...

Parabéns, Rossana.
Bonitos poemas e esteticamente bem atualizados.
Jayme