PÁGINAS

domingo, 29 de dezembro de 2013

José Aloise Bahia



Paisagem deslocada | Fotografia do projeto de ocupação | Elisa Campos | Museu de Arte da Pampulha | Belo Horizonte | MG | Brasil | 2010-11

[Josealoisebahiabhzmg: Dez2013]



FELIZ ANO-NOVO

 "A única ilusão que o homem jamais perde é a esperança. O resultado é uma possível vista, com olhos bem abertos conduzindo sempre pra frente."



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José Aloise Bahia (Belo Horizonte/MG). Jornalista, escritor, pesquisador, ensaísta, colecionador e crítico de artes plásticas e literatura. Estudou Economia (UFMG). Graduado em Comunicação Social e pós-graduado em Jornalismo Contemporâneo (UNI-BH). Autor de Pavios curtos (Belo Horizonte: Anomelivros, 2004). Primeiro lugar na Primeira Mostra de Vídeo-Poema Londrix 2012, 8º. Festival Literário de Londrina, PR, Brasil. Participa, dentre outras, das antologias O achamento de Portugal(Lisboa: Fundação Camões/Belo Horizonte: Anomelivros, 2005) e H2HORAS (São Paulo: Cronópios/Dulcinéia Catadora, 2010), dos livros Pequenos milagres e outras histórias (Belo Horizonte: Grupo Galpão, Editoras Autêntica e PUC-Minas, 2007), Folhas verdes (Belo Horizonte: Edições A Tela e o Texto, FALE/UFMG, 2008), Poemas que latem ao coração! (São Paulo: Editora Nova Alexandria, 2009), Rodrigo de Souza Leão: tudo vai ficar da cor que você quiser (Rio de Janeiro: Edições Pinakotheke, 2011), Literatura Futebol Clube (Rio de Janeiro: Editora Multifoco, 2012) e Revista Internacional Eletrônica de Poesia Intersemiótica FFOOOM (São Paulo, Brasil: 2012). E-Mail: josealoise@gmail.com.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Graça de Souza Feijó




Onde tantos homens, mulheres e crianças
são despojados de dignidade,
são aliciados pelo horror das guerras,
são impossibilitados do saber,
são confundidos com o mal,
são retirados do convívio dos seus semelhantes
são trucidados pela incompetência.

O que fizemos nós para que isso acontecesse???

Que o Natal nos traga reflexão
e que em 2014 a cada dia possamos buscar sabedoria, coerência e discernimento
para realizarmos o que deve ser feito!


Graça

domingo, 15 de dezembro de 2013

2 poemas de Vagner Muniz




A pele do tempo

Nasce de um sopro uma bolha
um nada        e se faz
se forma        e sobe        e voa
e vive e voa
leve
e voa e vive
um momento
o sopro        o vento

A pele a película
a tênue fronteira entre o sopro de dentro e o sopro de fora
a pele envelhece/
transparece
a morte iminente

No lento        o instante
o meio instante
o menor instante e o menos
e o mínimo
e o ínfimo        e o mínimo
e o átimo

O tempo de fora já indo
o tempo de dentro cortado em miúdos
a cada miúdo respira
e cada miúdo respira
resiste
reside
no dentro
por dentro
o dentro

Até que a pele se rompe
e o tempo de dentro se espalha pelo tempo de fora
e a bolha que é pele
espelho entre o dentro e o fora se espraia
e a esfera se torna apenas espera
uma pausa
uma síncopa
vida que nunca se encerra


© Mercedes Lorenzo

Testamento

Eu - e há tempos a palavra não floria
morri hoje, deixei de mim
um mínimo nem tijolo
de obra inacabável:

alguma semente já fora da terra
água em vapor de fagulha
e uns ares nos metais
de certos olhos.

*


Vagner Muniz (São Paulo - SP) é poeta, designer e professor universitário. Publica seus poemas em Nóstres e Mallarmargens.