Nada mais
natural
que esse casal
flutuante.
As asas do amor
nunca são vistas.
Enquanto os
peixes cruzam
as águas de seus
rios
e o violinista
incorpora a ave colorida,
vem uma folha de
papel do alto da ponte.
Logo o amado
atende
e eles conhecem
o toque
para o qual
nasceram.
Aves e músicos
reses e cortejos
atendem ao
violino do homem solitário.
O mundo se
explica enfim
do modo inexplicável
dos amantes
e a pomba
libertada
colore o céu
e as cidades em
seu voo.
Vigília
O que resta de
mim no fim do dia
são desenhos a
têmpera
a construção
desfeita
e a que renasce
no mundo escuro.
O tépido e o
lembrado
em traços
diluídos de uma tinta
extraída do mar.
Linha desfeita
em águas de vigília
na superfície do
quarto
campo e guerra.