PÁGINAS

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Sem razão



A alma é música que às vezes entorta e deixa cair o ritmo janela abaixo
é lago no escuro trêmulo do quarto à procura de luzes
e luz sempre em busca.

Ama é deserto pleno e fala de oásis que não viu.

Alma é brinquedo quebrado e ainda assim
amado pela criança que imagina seu brinquedo todo inteiro
por um milagre em que só mesmo as crianças acreditam.

Milagre é brincar de ser grande sendo grande
e misturar a música da alma na longa espera das pessoas.

4 comentários:

José Carlos Sant Anna disse...

Há sempre um lirismo doce escorrendo dos seus poemas, Dade.
Abraços,

Fábio Murilo disse...

“Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...”

Alberto Caeiro/Fernando Pessoa

http://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/

Jussara Neves Rezende disse...

Essa busca, essa espera é a raiz da poesia - acredito - de toda literatura.
Quem tem muita certeza não escreve. Escritura nasce de uma dúvida.
Gostei!
Queria ficar como seguidora, mas o quadro não abriu... :( - volto depois! ;)

Teté M. Jorge disse...

Preciosos versos...

Beijos.