PÁGINAS

sábado, 1 de dezembro de 2012

Dois textos de Joelma Bittencourt


A meus amigos poéticos

*Argúcia de voz diante desejo de infinito*

acalanto
de lira
em sufoco de pele

sopro
lúdico
em métrica nua

dossel
de versos
adornam-se as mãos

o que a voz não faz
para ser tempo?




*Argúcia de voz diante ausência de Vênus*

se escasseia a companhia
canta-se o prenúncio
das solitudes

se fraqueja a pauta
canta-se o silêncio
nos entre vãos dos olhos

se não há íntimo que valha lira
canta-se o lustro
da madrepérola

porque a concha
também serve para adornar

7 comentários:

Tania Anjos disse...

Tão bonitos, Joelma...

Parabéns pela bela escrita! Obrigada por nos trazer tanta beleza.

Grande abraço, poeta!



Tania Anjos

Batom e poesias disse...

Ambos belíssimos, mas a ausência de Vênus inspirou uma reflexão poética das mais pertinentes: a "casca" também é parte.

Gostei demais.
Bjs meninas.

Rossana

Joelma B. disse...

Eu que agradeço a oportunidade de fazer parte deste espaço, Tania... a você e a Cris!

beijo!

Joelma B. disse...

quanto do poeta é casca e quanto dele é essência, Rossana...
o que vislumbramos num poema é pérola ou concha bem cuidada? e de quem?

;)

beijo, poeta!

marlene edir severino disse...

Nem sei... Mas acho que prefiro a concha!

Mas teus poemas, impecavelmente lindos...
Não saberia escolher!!

Beijos, Joelma!

Cris de Souza disse...

O primeiro é próximo, o segundo é pérola.

Beijos!

dade amorim disse...

Lindos poemas, Joelma, gosto de ambos.

Bj pra vc