PÁGINAS

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

UMA AMOSTRA DA SURPREENDENTE POESIA DE DOMINGOS BARROSO

tambores no teto

Se nascemos uma folha em branco
e a cada dia da nossa morte
escrevemos nosso destino,

ai de mim
que sempre tive
as mãos trêmulas.

Mas se a ferro e a plumas
já acordamos no caminho

sem que treva alguma
possa escurecer
a viagem

e nenhum céu azul
possa fazê-la mais bela,

ai de mim
que ando trôpego
e quase cego.

Ainda hoje deixo parte da minha loucura
na porta de estranhos e de longe
tenho a impressão

que sou eu quem abre a porta
pega os pães, o leite, o jornal

e olha triste
o fim da rua.


Para acompanhar mais da poesia do excelente Domingos Barroso, vá até o blog dele: LACAIO DA POESIA

5 comentários:

Cris de Souza disse...

Minhas reverências! Curvo-me perante a tanta bruxaria...

Beijo aos dois poetas.

Anônimo disse...

Grande Domingos! Ótima escolha!

Beijos.

Tania regina Contreiras disse...

Já havia lido, e o Domingos é dos poetas que leio com prazer, a palavra escolhida diz muito dele: surpreendente! De uma originalidade de nos tirar o fôlego.

Be4ijos,

Tania Anjos disse...

Que lindo...


Poesia mesmo para se "guardar".



Abraços!

Daniela Delias disse...

Domingos é demais!!!